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Pesquisa da UFPB desenvolve ferramenta para auxiliar médicos em exames de ecocardiogramas

publicado: 26/09/2025 15h13, última modificação: 26/09/2025 15h15
Software foi resultado de tese de doutorado desenvolvida no Programa de Pós-Graduação em Engenharia Mecânica

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Esta é uma notícia sobre o coração. Não sobre as contrações e dilatações provocadas pelo vai e vem dos amores entre encontros e desencontros, mas dos fluxos sanguíneos em meio a valvas, átrios e artérias. Se o órgão vital não se parte como na metáfora, ele apresenta outros problemas. Um deles é a estenose mitral - o estreitamento da abertura da válvula mitral, causando bloqueio do fluxo de sangue do átrio esquerdo para o ventrículo esquerdo. Uma tese de doutorado defendida este ano pelo Programa de Pós-Graduação em Engenharia Mecânica da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), porém, desenvolveu uma inovação para aperfeiçoar o diagnóstico dessa enfermidade.

Trata-se de um software que auxilia os médicos na realização dos exames de ecocardiogramas, automatizando as medições das valvas cardíacas, através de técnicas de processamento digital. “Geralmente eles precisam pausar o vídeo de ecocardiograma e selecionar a região de interesse de maneira manual, então nossa ferramenta, por ser de fácil utilização, traz um ganho considerável para o processo”, explica Genilton de França, autor da tese. 

Genilton explica que a pesquisa surgiu de um desejo pessoal de aplicar a engenharia para auxiliar a área da saúde. Por isso, contou com a orientação do professor Marcelo Cavalcanti Rodrigues, do departamento de Engenharia Mecânica, e coorientação de Marcelo Dantas Tavares de Melo, do Departamento de Medicina Interna. “A aplicação, então, contribuiu para mostrar que ferramentas empregadas no mundo das engenharias podem ser utilizadas para o benefício de outras áreas de estudos”, comenta. “O trabalho tem potencial para disseminar a detecção de estenose entre diferentes usuários, pois foi desenvolvido como um algoritmo aberto na linguagem python com uma interface intuitiva e fácil de usar”. 

A tese gerou dois pedidos de patente junto à Agência UFPB de Inovação Tecnológica, que aguardam os trâmites do processo, para que a aplicação possa começar a ser disponibilizada para o mercado. A pesquisa também gerou artigos científicos, como este.

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Texto: Hugo Bispo
Imagem: Genilton de França/Divulgação 
Ascom/UFPB